ANTIGONE: Victim of Desire or Heroine of her Time ?

Denise Paula Veras Aquino

Volume 13 Issue 13

Global Journal of Human-Social Science

Antígona é uma obra cuja análise e discussão foi amplamente difundida. Entretanto trata-se de uma tragédia cujo conteúdo é profícuo e até esgotá-lo é um longo caminho. Sem negligenciar as várias pesquisas, ainda que nos mais diversos campos, no que concerne à Antígona, intenta-se repensar a posição dessa personagem em relação a seu tempo. Avaliar a força motriz que impulsionou seus atos e a fez tomar atitudes drásticas e, nesse contexto, localizá-la enquanto heroína ou vítima. Este trabalho objetiva fazer uma análise da tragédia grega Antígona, de Sófocles, sob a ótica da Psicanálise de Lacan para buscar compreender em que categoria a personagem se enquadra. Para tanto lançou-se mão de uma pesquisa bibliográfica cujos autores privilegiaram, de alguma maneira, a obra analisada. A fundamentação teórica versa em autores como Miriam Chnaiderman, Rachel Gazolla, Jacques Lacan, Evair Aparecida Marques, Kathrin H. Rosenfield, Sòfocles e Adalberto de Oliveira Souza. Fez-se uso de referenciais teóricos fundamentados em teorias psicanalíticas. O que foi possível observar em Antígona é uma consciente transgressão dos limites humanos. O Desejo de enterrar seu irmão Polinices representa o bem maior, o que é correto a fazer, a certeza de uma morte que não será em vão. Ela, então, age movida por esse desejo cujo objetivo primeiro é fazer o bem pela família, em nome do Oikos, a lei divina.